Você só lembra do salmão quando o assunto é ômega-3?

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Pra você que vai consumir peixe nessa época de Páscoa, deixamos essa dica.

É verdade que o salmão é uma excelente fonte, mas ele não está sozinho — e nem sempre é a melhor opção em termos de custo, sustentabilidade e segurança.

Mas peixes menores como a sardinha, o arenque e a anchova também são riquíssimos em ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA), com a vantagem de:
• Menor risco de contaminação por metais pesados
• Preço mais acessível
• Alto valor nutricional: são fontes de proteína, vitamina D, cálcio (quando consumidos com espinha) e B12

Esses peixes são pequenos no tamanho, mas grandes aliados da saúde cardiovascular, cerebral e anti-inflamatória.

Incluí-los na sua rotina alimentar é uma escolha inteligente, econômica e saborosa.

Ômega-3 e o desenvolvimento de demência

Luana Manosso

O polimorfismo da ApoE4 é um polimorfismo que aumenta o risco da pessoa em desenvolver doença de Alzheimer.

De forma interessante, hoje já temos estudos na Nutrição de Precisão investigando a eficácia de estratégias nutricionais entre pessoas com e sem o polimorfismo para a ApoE4.

Uma das estratégias estudadas diz respeito ao ômega-3.

Em pessoas com polimorfismo para a ApoE4, o ômega-3 tem maior dificuldade em atravessar a barreira-hemato-encefálica e chegar no cérebro.

Dessa forma, embora ainda sejam necessários mais estudos, o que os pesquisadores estão sugerindo é que pessoas com polimorfismo na ApoE4 podem necessitar de uma ingestão maior de ômega-3 em idade mais jovem para retardar o desenvolvimento de demência.

(Ref: Venkatesan, P. Nature Medicine, 30:916-919, 2024. )

Ômega-3 e a osteoartrite

Luana Manosso

A osteoartrite é uma doença articular degenerativa, caracterizada pela destruição da cartilagem articular, resultando em uma resposta pró-inflamatória.

O ômega-3 é uma das estratégias nutricionais que vêm sendo investigada para auxiliar no tratamento dessa doença. Devido a sua propriedade anti-inflamatória, o ômega-3 influencia de forma positiva na dor, na mobilidade articular e na formação de cartilagem.

Mais especificamente, o ômega-3 demonstra um papel influente na diminuição da progressão da osteoartrite, resultando na redução da destruição da cartilagem, na inibição de cascatas de citocinas pró-inflamatórias e na produção de oxilipinas que promovem vias anti-inflamatórias.

Porém, ainda não se tem consenso de doses necessárias para suplementação, sendo necessário análise individual e levando em consideração o consumo alimentar de ômega-3.

Se quiser ler mais sobre o assunto, segue uma revisão publicada dia 28 de maio: Shawl, M.; et al. Nutrients.,16(11):1650, 2024. Doi: 10.3390/nu16111650.

3 Suplementos para diminuir a insulina em jejum de pacientes com SOP

22 - suplmentos sop

Diversas estratégias nutricionais (dieta e suplemento) podem auxiliam no manejo da síndrome do ovário policístico (SOP). De modo interessante, uma meta-análise network, publicada final do ano passado, comparou várias estratégias para o manejo de vários problemas metabólicos que são comuns na SOP.

Dentre as alterações estudadas, os autores evidenciaram que os 3 suplementos mais eficazes para reduzir a insulina em jejum dessas pacientes foram: mioinositol, ômega-3 e cromo. OBS: não significa que outras estratégias também não sejam importantes, ok? Mas essas foram as com maior comprovação segundo os autores.

(Referência: Hum X.; et al. PeerJ., 11:e16410, 2023.)

Ômega 3 e hiperatividade

Luana Manosso (42)

O ômega-3 pode trazer inúmeros benefícios para o cérebro. Um deles é trazer benefícios para crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Meta-análise já demonstrou que suplementar ômega-3 pode ajudar essas crianças. Para melhora de hiperatividade é necessário doses maiores de 500 mg de EPA.  Já para falta de atenção e melhora de sintomas gerais, tanto doses acima quanto abaixo de 500 mg de EPA parecem funcionar.

(Referência: Chang, J.P.C.; et al., Neuropsychopharmacology., 43(3):534-545, 2018. Doi: 10.1038/npp.2017.160).

Mais uma opção nutricional para auxiliar em hiperatividade.
Para mais dicas, continue me acompanhando por aqui.

Telômeros e Ômega – 3

👉🏻Os telômeros estão localizados nas extremidades dos cromossomos, estando envolvidos na manutenção da estabilidade do genoma. Eles são considerados um “relógio biológico”, pois encurtam em paralelo com o envelhecimento. Além disso, o encurtamento desses telômeros estão associados a várias doenças relacionadas à idade.

👉🏻Dessa forma, vários estudos estão investigando estratégias que poderiam ajudar a diminuir esse encurtamento dos telômeros. Uma das substâncias que está sendo estudada é o ômega-3.

👉🏻Uma revisão de setembro desse ano aborda os dados dos estudos em humanos e em animais que investigam o efeito do ômega-3 no encurtamento dos telômeros. O que os autores concluem é que, embora os dados ainda não sejam consistentes, que a maioria dos estudos indicam um efeito benéfico do ômega-3 no tamanho dos telômeros. Porém, mais estudos ainda são necessários. 💚

📚Referência: Ogluszka, M.; et al. Nutrients., 14, 3723, 2022. Doi: 10.3390/nu14183723

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Suplementos e diabetes gestacional

Essa semana estou falando sobre o diabetes gestacional. Terça-feira mostrei um estudo falando do impacto de bebidas no risco de desenvolver diabetes durante a gestação. O estudo que trago hoje é uma meta-análise que investigou o papel de vários suplementos nutricionais na capacidade de diminuir o estresse oxidativo em mulheres com diabetes gestacional. O diabetes gestacional pode piorar o estresse oxidativo nas mulheres grávidas, o que pode trazer várias consequências. Por isso, pensar em estratégias para diminuir esse estresse oxidativo é bem interessante. E essa meta-análise agora de 2021 demonstrou que vários suplementos conseguem fazer isso, que foram: vitamina D, vitamina D + cálcio, ômega-3 + vitamina E, magnésio + zinco + cálcio e probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista. Ele vai avaliar o seu caso e identificar o que você deve ou não suplementar.  Por fim, vale a pena destacar que suplementar não elimina a necessidade de fazer ajustes na alimentação. A alimentação continua tendo o papel mais importante quanto falamos de diabetes gestacional.

Ômega-3 e Alzheimer

A expectativa de vida da população está aumentando cada vez mais. Porém, nem todo envelhecimento é saudável. Muitos idosos acabam desenvolvendo demência ou até doença de Alzheimer. Dessa forma, pensar em prevenção de demência e doença de Alzheimer é bem importante. De modo interessante, esse estudo de corte prospectivo avaliou as concentrações de vários ácidos graxos, incluindo ômega-3, no sangue de idosos e o risco de desenvolver demência e doença de Alzheimer. Após análises estatísticas, foi observado que os idosos que tinham uma maior concentração de EPA no sangue (um dos tipos de ômega-3 de origem animal) tinham menor risco de desenvolver doença de Alzheimer. Além disso, a maior concentração de EPA também foi associada à menor risco de demências por todas as causas e de Alzheimer nos indivíduos que não tinham o polimorfismo para a APOE4 (o principal polimorfismo que aumenta o risco de desenvolver doença de Alzheimer), mas não entre os que tinham o polimorfismo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

SOP e nutrição

Se você me acompanha a mais tempo, já viu vários postes falando sobre alguns aspectos nutricionais para auxiliar no tratamento da síndrome do ovário policístico (SOP). Já teve post por aqui falando sobre a importância da alimentação e sobre vários nutrientes e substâncias que podem auxiliar no tratamento, como probióticos, cromo, magnésio, coenzima Q10, ácido lipoico, curcumina, mioinositol, entre outros. Vale lembrar que a SOP é a doença endocrinológica mais prevalente nas mulheres em idade reprodutiva e que pode aumentar o risco de vários outros problemas. Por isso, melhorar a fisiopatologia é muito importante. E a nutrição pode ajudar muito nisso. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam alguns nutrientes e substâncias nutricionais que podem auxiliar no tratamento de mulheres com SOP. Os autores destacam o papel do mioinositol, resveratrol, flavonoides, vitaminas E, C, D e ômega-3. Porém, vale lembrar que existem outros nutrientes e substâncias importantes e que ajustar a alimentação também é essencial. Por isso, procure um Nutricionista para avaliar quais estratégias são mais interessantes no seu caso.