Probióticos

Já falamos várias vezes aqui no Nutrir com Ciência a importância da saúde intestinal para a saúde humana. Uma das formas de melhorar a saúde intestinal é a suplementação com probióticos. Nessa publicação de abril de 2017, os autores concluem que o uso diário de probióticos é seguro e que vai muito além da saúde intestinal e da melhora do sistema imunológico. Dentre os outros vários benefícios que os probióticos podem proporcionar, destacam-se:

  • Melhora da síndrome metabólica, auxiliando na melhora/prevenção da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares;
  • Melhora e prevenção de doenças neuropsiquiátricas;
  • Possível ação anticâncer e antimutagênica.

Procure um nutricionista para avaliar a sua necessidade de prescrição de probióticos!

Serotonina e escolha alimentar

A serotonina, um neurotransmissor conhecido por melhorar o humor, também tem sido implicada na promoção do autocontrole, regulação da fome e da ingestão calórica. Contudo, não está claro se os efeitos da serotonina sobre a ingestão calórica refletem mecanismos puramente homeostáticos ou se a serotonina também modula os processos cognitivos envolvidos na tomada de decisões dietéticas. Nesse estudo pulicado em 2017 foi avaliado justamente isso! 27 participantes saudáveis receberam dose aguda de placebo ou dois medicamentos: um que aumenta serotonina, e outro que aumenta noradrenalina. Entre 1h30 – 3h após a administração das cápsulas, os participantes tiveram que realizar escolhas alimentares, sendo que estavam disponíveis alimentos mais saudáveis e alimentos menos saudáveis. Após análise estatística, foi demonstrado que os indivíduos que ingeriram o medicamento que aumenta a serotonina tiveram escolhas por alimentos mais saudáveis do que as pessoas que tomaram o placebo. Além disso, após a justificativa da escolha, as pessoas que ingeriram o medicamento que aumenta a serotonina deram ênfase nas considerações de saúde na hora da tomada de decisão. Por outro lado, quem tomou o medicamento que aumentou a noradrenalina, não teve alteração na escolha alimentar quando comparada com o placebo. Ou seja, a serotonina pode ajudar o indivíduo na escolha alimentar, diminuindo o risco de escolher alimentos menos saudáveis. Vale destacar que, embora o estudo tenha utilizado medicamento para aumentar a serotonina, através da alimentação e suplementação também conseguimos estimular a síntese desse neurotransmissor (com menor eficiência mas com menos efeito colateral)! Procure um nutricionista para orientá-lo sobre essas estratégias nutricionais!

Gestação e ganho de peso

Já sabemos que uma gestação saudável cursa com um ganho de peso planejado e controlado, e quando isso não ocorre há vários riscos para a gestante, como diabetes gestacional, hipertensão arterial e parto prematuro. Mas há também prejuízos para a saúde do bebê. Um dos prejuízos citados por essa publicação de janeiro de 2017 é a relação entre obesidade gestacional e uma maior susceptibilidade para o desenvolvimento de doenças neuropsiquiátricas e desordens cognitivas na criança. Além disso, mudanças na função placentária, consequente do excesso de peso, não causam somente complicações para a mãe, mas também riscos em longo prazo para o bebê que está para nascer, como risco de obesidade e doenças cardiovasculares e metabólicas na vida adulta, e esta relação se baseia na produção de interleucinas (IL-6) e fator de necrose tumoral (TNF-a). Procure um nutricionista para uma orientação durante a gestação, e consequente correta programação metabólica!

Glúten e Cérebro

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Que paciente com doença celíaca não pode consumir glúten todo mundo sabe! Mas hoje, a literatura científica também afirma a necessidade da retirada do glúten na presença do que chamados de “sensibilidade ao glúten não celíaca” (NCGS), que ocorre em indivíduos com sintomatologia gastrointestinal e extraintestinal, mas sem a classificação de doença celíaca. Dentre os vários sintomas que pacientes com NCGS podem apresentar, destaca-se sintomas neurológicos. Nesse estudo publicado agora em 2016, os autores demonstraram que os problemas mais comuns em indivíduos com NCGS foram neuropatias periféricas, seguida de ataxia cerebelar e encefalopatia. Além disso, também foi evidenciado que todos os pacientes responderam com a retirada do glúten da dieta – ou seja, quando o glúten era retirado, os sintomas melhoravam! Vale destacar que a retirada total de algum alimento da dieta deve ser feita sob a orientação de um nutricionista.