Envelhecimento cerebral saudável x não saudável

Luana Manosso (1080 x 1350 px) (5)

Tenho certeza que todos aqui desejam viver mais. Porém, também queremos viver melhor.

Dessa forma, pensar em estratégias para contribuir para ter um envelhecimento cerebral saudável é essencial.

Na figura, temos a importância de uma alimentação saudável, alguns componentes da dieta e uma microbiota saudável contribuindo para um envelhecimento cerebral adequado.

Por outro lado, no lado direito da figura, vemos poluição, agrotóxicos, microplásticos, cigarro, excesso de álcool e metais pesados contribuindo para um envelhecimento cerebral mais acentuado.

Espero que você não espere envelhecer para começar a pensar na sua saúde cerebral. O quanto antes começarmos a pensar nela, melhor.

Sulforafano x cérebro

Cópia de Luana Manosso (1080 × 1350 px) (Post para Instagram (Quadrado)) (3)

O sulforafano, fitoquímico produzido a partir do glucorafanin (presente nas brássicas, em especial brócolis e couve de bruxelas) tem sido estudado para vários benefícios para o cérebro.

Uma recente revisão aborda os possíveis mecanimos desse fitoquímico, incluindo modulação do eixo intestino-cérebro, controle de neuroinflamação e de função mitocondrial, melhorando estresse oxidativo, melhora de processo de destoxificação e melhora de proteção da barreira-hemato-encefálica.

Por isso, eles tem sido estudados em diversas doenças cerebrais. Ainda são necessários mais estudos clínicos para um total entendimento sobre funções e doses necessárias.

Mas temos aí um possível aliado pensando em melhora de cérebro.

Ref: Fahey, J.W.; et al. Nutrients., 17:1353, 2025. Doi: 10.3390/nu17081353

Escolhas alimentares podem melhorar a função cerebral e atrasar o declínio cognitivo

Luana

Cada vez mais evidências científicas surgem apoiando o papel dos padrões alimentares na melhora da função cerebral e atraso do declínio cognitivo.

Os padrões alimentares que mais se destacam são padrões ricos em frutas, verduras, grãos integrais, gorduras boas (azeite de oliva, oleaginosas), peixes, e pobres em alimentos industrializados e ultraprocessados, com muito açúcar, gordura saturada e trans e carnes vermelhas.

Esses padrões vão ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e neuroprotetoras, auxiliando nas funções cerebrais.

É importante destacar que o único profissional habitado na prescrição de dieta é o Nutricionita!

Se você quer envelhecer com o cérebro com boa cognição, melhore seus hábitos e procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Nível adequado de ácido fólico (vitamina B9) pode afetar a saúde do cérebro

Luana Manosso (1)

O nível adequado de ácido fólico (vitamina B9) é importante para controlar níveis de homocisteína.

Níveis baixos de ácido fólico ou polimorfismo na enzima que faz a ativação do ácido fólico (MTHFR) podem aumentar homocisteína. E o excesso de homocisteína pode gerar vários prejuízos ao cérebro.

Em um recente estudo publicado dia 31 de dezembro, acompanhando um corte com quase 5 mil pessoas por cerca de 10 anos foi evidenciado que níveis baixos de B9 e ter o polimorfismo para MTHFR (677CC) foram correlacionados com mais risco de AVC.

Além disso, foi observado que os níveis de homocisteína são importantes nessa correlação.

Ref: Liang, Z.; et al. Nutrients., 17(1):159, 2025. Doi: 10.3390/nu17010159

Café e doenças neurodegenerativas

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (Post para Instagram (Quadrado))

Vários estudos evidenciam que o consumo de café, pode trazer benefícios para a saúde cerebral.

Hoje compartilho um estudo prospectivo (com acompanhamento dos pacientes por 9 anos) publicado esse ano evidenciando que um consumo maior de café (≥ 3 xícaras/dia) com cafeína e sem açúcar/adoçante foi associado a um menor risco de Alzheimer, Parkinson e de morte relacionada a doenças neurodegenerativas.

No mesmo estudo eles mostram que o café descafeinado ou café adoçado (com açúcar ou adoçante) não traz benefícios. (Ref: Zhang, T.; et al. Am J Clin Nutr., 120(4):918-926, 2024.)

OBS: vale destacar que a quantidade de café deve ser interpretada com cautela, já que temos vários polimorfismos associados ao metabolismo da cafeína. Dessa forma, sempre vale a pena uma análise individualizada.

Dieta materna e cognição dos filhos

Luana Manosso (2)

A gestação é um período de programação metabólica muito importante. O que a mãe faz durante a gestação pode impactar no seu filho e nas próximas gerações.

Hoje, compartilho com vocês uma revisão publicada agora em 2024 que associa a qualidade da dieta da mãe com o desenvolvimento cognitivo dos seus filhos. Os autores colocam que uma dieta materna rica em ultraprocessados, açúcar e gordura saturada pode piorar o desenvolvimento cognitivo dos seus filhos!

É lógico que outros fatores também estão envolvidos, mas com certeza, a nutrição tem um papel importante.

Referência: Zupo, R.; et al. Nutr Neurosci., 27(4):361-381, 2024. Doi: 10.1080/1028415X.2023.2197709.

Cronodisrupção e eixo microbiota-intestino-cérebro

luana cronodisrupcao

Os ritmos circadianos são oscilações fisiológicas e comportamentais apresentadas pelos seres vivos em intervalos periódicos de aproximadamente 24 horas. Por outro lado, a cronodisrupção é definida como a interrupção dos ritmos circadianos por longos períodos.

Diversos estudos mostram a relação da cronodisrupção com vários problemas e doenças. Nessa revisão publicada final de fevereiro deste ano, os autores abordam a relação da cronodisrupção com o eixo microbiota-intestino-cérebro.

Na parte A da figura temos uma situação de eubiose, temos uma a microbiota intestinal saudável, que apresenta oscilações circadianas mediadas pelo eixo intestino-cérebro. Na parte B da figura, em condições de cronodisrupção, a relação bidirecional é alterada por fatores externos como maus hábitos alimentares ou consumo de drogas, além de toxinas e microorganismos patogênicos, modificando a permeabilidade intestinal, exacerbando a disbiose, aumentando inflamação e gerando vários problemas em decorrência da relação microbiota-intestino-cérebro.

 

Você sabia que o açúcar pode piorar a sua função cognitiva?

26 - açucar e a função cognitiva

Ter uma boa função cognitiva é importante em todas as faixas etárias (da criança ao idoso).  E isso depende de inúmeros fatores, incluindo a alimentação. Em relação a alimentação, temos alimentos que melhoram a cognição, e alimentos que pioram a cognição.

Hoje compartilho com vocês uma revisão sistemática e meta-análise publicada agora esse ano que discute sobre o impacto negativo do açúcar de adição na cognição.
E isso em todas as faixas etárias: crianças, adolescentes, adultos, idosos e inclusive nas gestantes.

Já temos estudos mostrando que os filhos de grávidas que consomem mais açúcar têm piora na cognição quando comparado com aquelas que ingerem menos açúcar.

(Referência: Gillespie, K.M.; et al. Nutrients., 16(01):75, 2024. Doi: 10.3390/
nu16010075)

Exposição a pesticidas pode gerar danos ao cérebro

Luana Manosso (17)

Cada vez mais estudos mostra a importância de uma alimentação orgânica. Por outro lado, a exposição a pesticidas pode estar associada a mais problemas de saúde, inclusive mais riscos de problemas cerebrais.

É claro que mais estudos científicos são necessários, mas várias pesquisas sugerem o impacto negativo dos pesticidas (em exposição pré-natal e pós-natal) para o cérebro. E um dos problemas, é que os pesticidas parecem ser capazes de geral alteração da barreira-hemato-encefálica (barreira que protege o cérebro) e gerar processo de neuroinflamação.

Dessa forma, sempre que conseguir optar por alimentos orgânicos, melhor. Sua saúde e o nosso planeta agradecem!!

Alimentação e declínio cognitivo

Alimentação e declínio cognitivo - Luana Manosso

O número de pessoas com declínio cognitivo vem crescendo nos últimos anos e, a estimativa é que nos próximo 30 anos, o número triplique, chegando a cerca de 130-150 milhões de pessoas. Embora o declínio cognitivo esteja associado a várias questões ambientais e genéticas, cada vez mais estudos investiga o papel da alimentação, em especial da dieta estilo mediterrânea.

Esse estilo de dieta tende a estar associado a diminuição no risco de desenvolver declínio cognitivo (em especial doença de Alzheimer), bem como de atrasar a progressão, (caso a doença já esteja instalada).

Se você quiser ler um artigo atualizado sobre o tema, segue uma dica de leitura: Maggi, S.;et al. Exp Gerontol., 173:112110, Mar 2023. doi: 10.1016/j.exger.2023.112110.

E quando pensamos em nutrição e envelhecimento cerebral, uma das frases que mais gosto e que faz muito sentido para mim é: “O quanto antes começar a mudar os hábitos melhor. Mas nunca é tarde demais”.

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